Agora imagine um país que ficou isolado do mundo economicamente por imposição dos países ricos, mas não é o Afeganistão.
Visualize um país que foi ocupado por tropas de exércitos estrangeiros, mas não é o Iraque.
Durante muito tempo o Haiti foi um país esquecido, e somente lembrado quando existia alguma ameaça externa contra os EUA. E como durante um longo tempo não havia ameaças de invasão, já não era interessante manter nenhuma tropa por lá para efeito imediato...
Logo, a ONU colocou exército de diversos países para tentar fazer a segurança e trazer a paz de volta ao país. Assim, existe um território livre de ameaças "terroristas" já que está ocupado pela ONU e vidas e dinheiro norte americano seriam poupados, deixando um orçamento "livre" para invasão de outros países.
Mas algo inesperado mudou tudo. Um terremoto... O terremoto de magnitude perto de 7.3 na escala Richter (que é medida utilizando logaritmos) fez com que o país mais pobre das Américas complicasse ainda mais sua situação. Com isto, a imprensa internacional começou a divulgar notícias sobre o lugar.
E o resultado? Por todo o mundo nasceram movimentos de ajuda humanitária e isto fez com que os governos se sentissem pressionados e começassem a olhar de forma mais carinhosa para o Haiti. De preocupação com a retirada de pessoas desaparecidas entre os escombros, passando pela fome e encontrando até mesmo o risco de rapto de crianças para tráfico de pessoas para diversos fins (escravidão, tráfico de órgãos, abuso sexual...).
Com isto, os EUA que são mal vistos por vários outros países e o governo norte americano que está com uma imagem abalada pela população interna devido a crise mundial e as guerras sem bases concretas resolveram "ajudar" o Haiti. Mas, como sempre com aquele jeitinho único, "invadiram" o aeroporto da capital e começaram a controlar quem poderia entrar no país. Se tornando donos de todo o controle aéreo do país, de forma tal que chegou a recusar e mandar voltar até mesmo aviões de países que estavam enviando ajuda e posteriormente, controlando os exércitos que lá já estavam antes mesmo de qualquer terremoto.
Outro efeito muito curioso é de movimentos que geraram frases como "Eu amo o Haiti". Pessoas que antes nunca ouviram falar daquele país, ou que sempre enxergaram como sendo um sugador dos nossos impostos por mantermos tropas por lá ou até mesmo pessoas indiferentes que classificam apenas como um país de pele negra e pobre, remetendo um sentimento de "conivência". Não discordo em ajudar a população do país, afinal, somos todos humanos e temos simpatia e mais facilmente uma empatia. Porém, dizer que "ama o Haiti" sendo que antes não dava a mínima... Parece ser um efeito "alienigenístico".
Vale observar se o amor vai continuar ao menos até resolvermos o problema daquele país ou se vai limitar-se até o "Efeito Haiti" acabar.
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